sábado, 23 de fevereiro de 2013

voltar a dançar



Inscrevi-me em aulas de dança contemporânea e hoje foi o primeiro dia.
Estava desejosa de voltar a dançar e experimentar dança contemporânea!
Não sou a única iniciada, óptimo!
Foi muito bom mas soube a pouco, queria mais!
Já começo a pensar que outras modalidades vou experimentar. Quero aproveitar tudo!!
O edifício estava cheio de miúdos, a correr de um lado pro outro, gente pequenina :)
Para além das crianças que têm aulas ao sábado, hoje era o Boys Only Classes.
A energia daquele edifício é contagiante!


Espreitem e deixem-se contagiar!!


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Greenwich sweet "home"


Vivo em Greenwich.
Zona 2. A 9km do centro de Londres. 5min de comboio para London Bridge e 40min para Covent Garden de autocarro.
Greenwich significa "a green place in the bay or near the mouth of a river".
E é isso mesmo.
O verde e o rio.
Mas é mais. É património mundial da Unesco pela quantidade de edifícios com valor histórico e patrimonial, pela história maritima e pela história da realeza britânica.
Não há que enganar, basta espreitar as fotos e imaginar ao vivo.
É uma vila pitoresca, tem um mercado pequenino mas muito interessante.
Tem um parque enorme com uma vista maravilhosa onde vai apetecer passear. O relvado está a ser recuperado depois dos Jogos Olímpicos de 2012 (foram lá as provas equestres).
No topo do parque está o Royal Observatory cuja entrada é gratuita. Vimos uma exposição de fotografia amadora: Astronomy Photographer of the year 2012. Impressionante! Já há uma nova, tenho de ir espreitar.
E o meridiano, que todos nós conhecemos: O meridiano de Greenwich.
Á noite, há um laser que marca a divisão do ocidente do oriente e mostra a linha do meridiano no céu.
Aqui sentimos a História.
É sem dúvida uma outra Londres. E eu prefiro :)



Cutty Sark

Old Royal Naval College
 

King Charles Court (Trinity Conservatoire of Music and Dance) 

National Maritime Museum


laser do meridiano 

Royal Observatory
 




Olha a vizinhança! Queen's House





quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Visitas inesperadas

Hoje o dia estava destinado a ser contrariado na sua rotina.
Não ouvi o despertador, nem o telefone a tocar.
A Xana ligou, ia fazer escala em Londres e perguntou se dava para almoçarmos. CLARO!!!
Já tinha mandado mensagem ontem mas eu deixei o outro telemóvel numa gaveta, sem bateria. Afinal, ninguém me liga!
Portanto, tarde e a más horas e com planos inesperados para almoço, lá fui trabalhar (pouco) de manhã e fui ter com as responsáveis da minha estadia cá: Xana e a Susana, que coordenam o projecto que me permite estar cá.
Sabe tão bem ter visitas!
O longe torna-se realmente mais curto.
E sabe bem melhor contar as aventuras ao vivo do que por escrito, mas o tempo é sempre tão pouco!!
Claro que eu continuava sem cartão na máquina fotográfica, mas felizmente, ao contrário de mim, há quem já se tenha modernizado com smartphones e tablets... (obrigada pelas fotos Susana!)




ah! turista!

Na 2.ª semana em Londres esteve cá o Ricardo. As minhas colegas de trabalho são espectaculares e deixaram-me à vontade para cumprir as tarefas mínimas e aproveitar para passear. Dizer o quê??
Andamos feitos turistas mas também foi importante para começar a agilizar-me nos transportes, nas distâncias, para me familiarizar com a cidade.
Cumprimos os pontos turísticos principais quase todos:
National Gallery
Tate Modern
Picadilly Circus
Soho e Chinatown
Covent Garden
Notting Hill e Portobello Road
Tower Bridge
Carnaby Street
Borough Market
Greenwich
e mais uns sítios por onde andamos perdidos.
Faltaram muitas outras coisas que ficam para a próxima vez.
Andamos muito de bus, que o metro é mais caro, e a pé.
Os transportes são caríssimos sobretudo em hora de ponta mas felizmente esta cidade dá para percorrer facilmente a pé.
Sem dúvida, o que mais me encanta são os mercados, sobre os quais falarei a seguir.
Aqui ficam algumas fotos do passeio:












Mais fotos já apareceram no facebook.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

a very special birthday

Uma semana depois de ter chegado foi o meu aniversario.
Antes tinha sido o do meu irmão. Estive junto com a família a cantar os parabéns, comprei um postal mas demorei 3 dias a encontrar um post office.

O Ricardo veio para o meu aniversário e ficou uma semana para estarmos juntos, no meu e no aniversário dele.
Ás 12 badaladas falei com a família pelo Skype e abri o presente que me enviaram: para alem de uma camisa, um postal cheio de fotos minhas e da familia. que bom!!!

Esteve um domingo cinzento e frio. Fomos de barco de Greenwich até Embankment para subir até Soho e Chinatown. Foi uma viagem gira.

Almoçamos com a Cláudia  com quem vivi em Évora e que está cá há alguns anos; a Joana, que é de Braga e está cá desde Setembro; a Vera e o Pedro, que eram para viver cá mas afinal foram viver para o Luxemburgo; e a Cláudia  que está em Lisboa e veio passear a Londres no fim de semana. Foi um almoço de amigos e soube muito bem! Obrigada!

Á noite voltei a ter a família reunida a cantar os parabéns. Foi uma forma especial de celebrar este aniversário. Confesso que gosto de festas cheias de amigos e família e comida. Mas este vai ser inesquecível.

G/5/13

É o numero do meu quarto.
Um studio room, básico. Uma mini kitchenette "imbutida" com frigorífico, microondas,2 placas eléctricas e exaustor. Mais o jarro eléctrico e a torradeira. Casa de banho. Cama double :)
Chega bem.
A minha vizinhança é a típica de uma residência universitária, acho eu...
No primeiro dia tive de pedir à minha vizinha do lado para baixar o som do computador à 1:30 da manha. Acordei com o som das mensagens do facebook a apitar.
O meu vizinho da frente decidiu fazer uma party  na 4.ª feira, com drinks and dj. Convidou um italiano de Verona que tentou engatar uma escocesa durante 1 hora no corredor. Eu ouvi tudo deitada na minha cama a tentar dormir. Eram 3.30 da manhã quando lhes bati à porta a pedir para baixarem a musica que precisava de dormir. Mandou-me tomar umas sleeping pills. Ok. A vizinhança a conhecer-se.
De vez em quando sente-se o cheiro a erva no corredor.
Percebi que as regras neste sitio são mesmo para ficar no papel. Ok.
Pedi o numero ao segurança caso algum dia fosse necessário. Ele perguntou em que andar estava e se tinha havido problemas. Eu disse que não, só algum barulho há noite, nada de especial. Ele respondeu: seja como for, não os abordes. liga para nós. Fiquei logo ambientada.
De resto, não vejo quase ninguém pelo menos às horas que circulo por aqui, além de chineses e outras nacionalidades de olhos em bico.
Normal. para uma residência, certo?
Os fins de semana são calmos. A 6.ª feira passada voltou a haver festa no vizinho. Mas era 6.ª feira e eu já consigo dormir.
A laundrette funciona bem. Estou fã daquelas maquinas de lavar e secar. A roupa sai macia e pronta a guardar.
Hoje e amanhã há "flat inspections". Espero que visitem os meus vizinhos.






semana 1 - começar

Intensidade.
Chegar a casa exausta de tanta informação para processar.
Conhecer as pessoas, marcar reuniões, aprender a desenrascar: tirar fotocopias, pedir material, conhecer procedimentos.
Todos muito simpáticos e disponíveis.
No primeiro dia, à chegada, tive logo um cartão, um email personalizado, um gabinete partilhado, já estou na lista de contactos. Material pedido e entregue passados uns minutos. Autorização especial de acesso à biblioteca onde está o meu gabinete.
Conhecer pessoas e esquecer o nome delas. Assistir a aulas. Conhecer pessoas que referenciei na tese. espreitar aulas de dança pelo vidro.  Observar. Absorver. Observar. Absorver.


O edifício onde trabalho é maravilhoso. Mas ainda se torna mais especial quando se percebe a lógica por detrás da construção. A ideia principal era a de partilha. Todas as salas têm pelo menos uma parede de vidro. Toda a gente sabe quem está em reunião, com quem. As aulas podem ser observadas para que os alunos se habituem a ser observados. Há sempre luz e cor, mesmo que o dia esteja cinzento. Na entrada o verde vivo do relvado convida. Parece quase uma entrada num espaço mágico. Nada é... vulgar. As escadas são redondas, os planos ascendentes e descendentes, um corrimão curvado ao longo da parede, lâmpadas arredondadas, desenhos e cor. Neste espaço apetece estar.



o bedding pack e other stuff

Cheguei dia 27 de janeiro de 2013.
Um domingo, com sol e frio.
Logo para começar, cheia de malas e sozinha em Londres na Liverpool Street Station, ainda me armei em fina e tentei ver um esquema para chegar a Greenwich. Percebi que se nem os senhores das bilheteiras me sabiam orientar, devia ser areia a mais para mim para o primeiro dia.
Negociei com um taxista o limite de libras que lhe dava até chegar ao meu destino.  Depois de me ter sugerido valores superiores, ele respondeu que o taxímetro é que mandava. E mandou de facto e ele ainda levou gorjeta. O taxista não fazia ideia onde tinha me deixar, e acabou por me perguntar se eu sabia onde era. Reconheci os prédios das milhentas vezes que vi as fotos da minha futura "casa" e fiquei à porta.
Já era noite. Na recepção estava um segurança com-todo-o-tempo-do- mundo que não tinha qualquer indicação que eu ia chegar. Disse-lhe o numero do meu quarto e pronto.
Tinha reservado um bedding pack e também não havia registo.
O senhor lá foi procurar um bedding pack, foi entregar-me ao quarto e quando viu a minha cama disse: oh no... Os bedding packs são para camas de solteiro e a minha é double.
Entretanto fui com o senhor a uma arrecadação cheia de sacos de lençóis e almofadas com ar duvidoso tentar descobrir pelo menos um lençol que tapasse o mínimo necessário da cama. Trouxe mais uns lençóis, mais uma almofada, de borla.
Dava para dormir.
Desci para fazer umas compras no supermercado que fica à porta da residência :) e entretanto perguntei ao senhor se ele me indicava algum sitio onde pudesse comprar cooking stuff and crockery para me orientar no dia seguinte. Ele respondeu: "vai lá fazer as compras e no regresso eu explico". Imaginei o que poderia comprar para comer decentemente sem precisar de qualquer utensilio, tendo um microondas no meu mini-studio-room.
Quando regressei das compras, o senhor disse-me para ir com ele não-percebi-onde, que me arranjava stuff por 10 pounds. Ainda estava a tentar processar, quando entramos numa garagem sem luz e o senhor de lanterna diz-me para eu escolher o que quiser. E começa a por-me panelas na mão, conjuntos de pratos, e eu sem perceber se cada coisa custava 10 pounds ou o que se passava ali. Disse-me ele: "podes levar o que quiseres por 10£. Isto é para caridade."
Demorei algum tempo a perceber o que estava a acontecer, mas dei comigo com: copos, canecas, talheres, abre latas, saca-rolhas, facas, frigideira, panelas, tabua, pratos, e ainda... uma chaleira eletrica e uma torradeira. Eu ainda perguntei se podia mesmo levar aquilo e ele disse: não fazes torradas?! A cena da caridade também não percebi, porque estava tudo novo e embalado. E ao desembalar algumas das coisas, ainda descobri como extra... um pano de cozinha!!
Tudo por 10£.
O senhor foi um simpático! E eu ainda não sei o nome dele.



do inicío

Como é que eu cheguei até aqui?
Nem sei bem.
Depois de um ano em concursos e candidaturas com direito a meses de sofrimento em espera para ter avaliações maravilhosas sem financiamento e recursos que ainda não chegaram, decidi que os emails não eram suficientes e tinha de ir ter com pessoas. Foi lá para novembro de 2012.
Foram feitos os primeiros contactos. "Ok anda."
Habitué nas pesquisas de bolsas, pensei melhor: "vou ver se há financiamento para isto".
Facebook, post de uma amiga: programa de estágios internacionais. Fui ver se dava para adaptar á situação. Pensei um bocadinho e lá perguntei aqui se em vez de uma visita de 15 dias me aceitavam 6 meses.
Negociações entre entidades e tal, Dezembro fica tudo combinado, viagem marcada para Janeiro.
Pronto, não pensei muito mas acho que isto foi o melhor que me aconteceu.
Continua a não ser fácil explicar o que sou e o que estou a fazer. Aqui apresentam-me como: postdoctoral professional intern ?! fellow researcher ?! psychologist ?! e eu digo sempre: yes, a kind of...
Estou num programa de mobilidade Leonardo da Vinci que apoia experiências de trabalho no estrangeiro.
Podia querer melhor, sendo esta a instituição onde um dia sonhei vir a trabalhar??
Melhor porta de entrada do que esta?!
Ok, fixe fixe era ter sido contratada. Nunca tal teria acontecido. Não me conheciam de lado nenhum. Até agora :)
Tão bom!!!

E no mesmo projecto que eu viajaram mais 6 colegas para Derry, na Irlanda do Norte. Boa sorte coleguinhas!










segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

rosa fog

confesso que coisa que odeio é imaginar títulos para coisas.
admiro quem o faz de forma brilhante.
não é o meu caso.
Rosa fog é um bocado a imagem de cor que associo há minha estadia cá. O cinzento e o nevoeiro são características facilmente atribuídas a esta cidade. Na verdade, em 3 semanas, apanhei 2 dias completamente cinzentos e um de muita humidade, talvez o mais proximo do "fog".
Também estou numa fase uma bocado "foggy" da minha vida, é verdade. Se calhar devia chamar a isto rosa foggy... whatever!
Por outro lado, adoro rosa, e esta é sem duvida a cor que me dá energia. E qual é o meu espanto quando chego cá e encontro muita cor. Em coisas básicas como o meu cabo da internet (sim, cabo). Parte das paredes do edifício lindo onde trabalho é rosa. As pessoas vestem muitas cores diferentes e eu sinto realmente a energia da cor. O verde é muito verde, o rosa é muito rosa, o amarelo é muito amarelo. Parece que as cores têm mais vida aqui.
Não senti ainda o cinzento da cidade. Mas é inverno, naturalmente. Há dias bem piores em Braga!
Bem, fica a ideia, ou a justificação da ideia.


oh London London

Há 3 semanas começou a aventura londrina.
Não sou "assídua" de blogs, mas decidi começar uma espécie de diário de bordo online. Para partilhar com amigos, para diminuir distâncias, e para ficar registado.
Vivo muito intensamente as minhas histórias e acho sempre que há aventuras e episódios para contar. Mas sou assim por natureza, faladora, descrevo as coisas pormenorizadamente, vivo os pormenores. Costumava contar detalhadamente o meu dia de escola à minha mãe, duvido que ela ouvisse metade do que eu contava. Conto sonhos como se fossem reais, e há coisas que me parecem sonho. Vir para Londres é o resultado disso: de sonhar acordada e um dia acordar e a realidade parecer sonho.
Começou a aventura.
Vou contar tudo!

I just happen to be hereAnd it's okGreen grass, blue eyes, gray sky, God blessSilent pain and happinessI came around to say yes, and I say